Cromoterapia Científica

Quando se fala de Cromoterapia, é comum pensar-se apenas em um tratamento de chakras e de órgãos com as luzes coloridas, banhos de luz e "receitas" de cores para cada distúrbio, como se fosse usada apenas para retirar os sintomas. Mas a cromoterapia científica - cujos expoentes foram três médicos (Edwin Babitt, Dinsha Ghadiali e John Ott) - vai muito além disso. Apesar do nome, não trata apenas distúrbios, mas também desenvolve capacidades tanto pessoais (auto-confiança, auto-estima) como espirituais/paranormais (clarividência, amor, perdão, etc).

A cromoterapia é um sistema holístico (do grego holos = todo, total) de medicina natural que usa as cores para equilibrar a mente, as emoções, a parte energética e o organismo físico, tratando o paciente como um todo, aliviando seus sintomas, mas buscando as suas causas.

Um dos seus princípios é que as cores alteram a matéria do corpo físico, o qual compõe-se de átomos; quando energizados pelas cores, equilibram-se e reagrupam-se mais harmoniosamente, promovendo uma melhora que aumenta a confiança do paciente.

A cromoterapia científica concilia bem a ciência com a espiritualidade, as quais não podem mais ficar separadas, pois aprendemos que somos formados por corpos de energia: o físico, o corpo vital ou etérico, o corpo emocional, o corpo mental e os três corpos espirituais.

Segundo a medicina psicossomática, 90% das doenças têm origem na mente (pensamentos) e nas emoções, e por isso usamos técnicas de diagnóstico que descobrem a existência de alguma enfermidade já presente nesses níveis de energia e a caminho do corpo físico, podendo ser dissolvida ainda no nível energético e assim impedindo que somatize-se no corpo físico. Naturalmente, essas técnicas descobrem também as causas dos desequilíbrios que já estejam atingindo o organismo, bem como as cores que ajudarão a corrigir o problema. Para isso há dez técnicas de diagnóstico - dentre elas a radiestesia (uso do pêndulo) - compostas por aparelhos especiais e pela intensa utilização das mãos - nossos primeiros instrumentos de diagnóstico e de tratamento.
Portanto, não há "receitas" de tratamento que sirva para todos: cada paciente é único e tem uma necessidade energética diferente.

Um outro benefício da cromoterapia científica é que o cromoterapeuta corretamente preparado na arte da radiestesia, consegue informar ao paciente a cor e a nota musical correspondentes ao seu Raio ou Cor Individual, que o fazem vibrar novamente em harmonia consigo mesmo e com o universo . É o SEU som/cor pessoais. Em termos simples, todos nós nascemos sob a influência de um Raio ou "personalidade da alma" que nos dá as qualidades pessoais e os dons necessárias para desenvolver com sucesso a nossa tarefa de vida. E esse Raio corresponde a uma cor, a um som e a um Mestre Espiritual da Humanidade. Sabendo o seu Raio ou cor individual, o paciente fica conhecendo melhor as forças que em parte influem no seu modo de ser e pode então direcionar-se mais conscientemente para a realização do seu potencial e tarefa de vida, tornando-se mais satisfeito consigo e mais harmonizado com o mundo que o rodeia. Como exemplo, o Raio azul é o da Vontade-Poder, das pessoas que dão início à realização de idéias com determinação, dos líderes, dos pioneiros; o Raio rosa é o do Amor Universal, das pessoas que buscam ajudar as outras pessoas, reconciliá-las, uni-las.

Um livro de cabeceira a respeito dos Sete Raios chama-se "Haja Luz", editado pela Ponte para a Liberdade.

O tratamento na cromoterapia científica compõe-se de dez técnicas e de dezesseis métodos dos quais serão escolhidos os mais adequados ao caso do paciente. Dentre eles estão os cristais, a água solarizada, os alimentos, o banho de luz colorida, o banho de sol (helioterapia), as roupas e a música. A sala de cromoterapia é iluminada por uma luz verde - cor neutra e de equilíbrio - que fecha buracos na aura do paciente (causados por problemas emocionais e pensamentos negativos constantes) por onde ele perde energia vital e penetram energias negativas destruidoras principalmente do seu sistema nervoso. Assim, ao chegar ele já começa a ser ajudado sem o perceber. Tanto o cromoterapeuta quanto o paciente usam roupas brancas.

São oito as cores usadas na cromoterapia científica e cada uma delas produz um efeito benéfico no organismo e trata determinados distúrbios. São elas: o vermelho, o laranja, o amarelo, o verde, o rosa, o azul claro, o índigo (azul-marinho) e o violeta.

Por exemplo, o vermelho é estimulante: vitaliza o corpo, os órgãos e a personalidade; aquece, acelera os batimentos cardíacos e a circulação; desperta o desejo sexual, retira o cansaço, abre o apetite, fortalece músculos e ossos; dissolve pedras nos rins e vesícula; ao nível emocional alegra, dá iniciativa, coragem, otimismo e entusiasmo. É indicado para pessoas com desânimo, impotência, frigidez, pressão baixa, anemia, resfriado, fraqueza, paralisia, fraturas. Entretanto, é contra-indicado para pessoas agitadas, idosas ou com problemas cardíacos, mentais, pressão alta, arteriosclerose, tumores, febre, hemorragias, "derrame", insônia e mulheres na fase menstrual ou grávidas. Por representar a vitalidade, podemos utilizá-la em pessoas anêmicas, apáticas e sem ânimo.

Já a cor Laranja elimina problemas respiratórios, desperta o desejo sexual, alivia convulsões, produz leite materno, rompe repressões, bloqueios mentais e emoções reprimidas, melhora a circulação sanguínea e a digestão, facilita a assimilação de novas idéias, dissolve pedras nos rins e vesícula; ao nível emocional aumenta o otimismo, alegria, autoconfiança, auto-estima, sendo excelente para depressão, estresse, medo e desânimo. É indicado para obesidade, bronquite, impotência, frigidez, resfriado, cansaço, falta de apetite, reumatismo, inflamações urinárias, diabetes, artrose, paralisia, prisão-de-ventre, fraturas, contusões. Todavia, é contra-indicado para pessoas nervosas, gestantes, apendicite. Para obesidade, recomendam-se alimentos de cor vermelha e laranja; um copo de água energizada laranja entre as refeições; cremes cromatizados nas áreas mais afetadas, dieta, banhos de luz laranja e tratamento da emoção causadora da fome excessiva: ansiedade, depressão, vazio interior, solidão, carência afetiva, etc.

O amarelo é tonificante; estimula os nervos, o aparelho digestivo, as células cerebrais (melhorando a concentração, memória e raciocínio), os movimentos peristálticos dos intestinos (eliminando a prisão-de-ventre) e os músculos; regenera ossos e medulas ósseas; desintegra cálculos renais e biliares; limpa toxinas da corrente sanguínea (pois ativa o sistema linfático), muco, vermes, cicatrizes e outros problemas de pele; ao nível emocional alegra, anima, equilibra, tratando: depressão, cansaço mental, stress emocional. É indicado para paralisias, eczemas, intoxicação, diabetes, problemas digestivos, hemorróidas, hanseníase, dispepsia, azia, fraturas ósseas, memória fraca, dificuldade de aprendizado. Entretanto, é contra-indicado em casos de excitação mental, histeria, taquicardia, alcoolismo, febre, hemorragia, insônia, diarréia e doenças mentais.

O verde acalma, regenera tecidos, fecha buracos na aura, estimula o sistema imunógico, é antiinflamatório e antiinfeccioso. Acelera a cicatrização e equilibra a pressão arterial. É excelente para úlcera, problemas do coração, câncer de mama, gripe, traumatismos ósseos ou musculares e problemas digestivos. Ao nível emocional alivia tensões, raiva e insônia, sendo indicado para desequilíbrios emocionais profundos, traumas e grande enfraquecimento espiritual. O verde não tem contra-indicações, sendo já a cor do uniforme de muitos médicos e dos quartos de Hospitais Públicos como o Miguel Couto e o Lourenço Jorge.

O rosa tem as mesmas indicações e contra-indicações do vermelho, mas além disso desintoxica a corrente sanguínea, é afrodisíaco, diurético, descongestionante e reenergiza o cromoterapeuta. Ao nível emocional anima, alegra, limpa mágoas, aumenta a auto-estima e o amor ao semelhante.

O azul é calmante, antiinflamatório, antiinfeccioso, antisséptico, regenerador celular de músculos, vasos sanguíneos e ossos. Muito usado em estética para problemas de pele (acne, rachaduras, micose, erupções, queda de cabelos, calvície, etc.). Alivia a dor, limpa energias negativas da aura, absorve e elimina gases estomacais e intestinais, lubrifica articulações, tubo digestivo e reto (prisão-de-ventre) e tecidos. Diminui os batimentos cardíacos e a fome. Alivia queimaduras, facilita a meditação, estimula a intuição e a paranormalidade (clarividência, clariaudiência, etc.). Ao nível emocional é bom para traumas, insônia, preocupação, nervosismo, ansiedade. É indicado para febre, problemas de garganta, reumatismo agudo, epilepsia, palpitações, hemorragias, sarampo, rubéola, varíola, afta, icterícia, diarréia, envenenamento, tumores. Porém, é contra-indicado em resfriados, pressão baixa, paralisias e pessoas apáticas.

O índigo tem as mesmas indicações e contra-indicações do azul, mas além disso coagula o sangue, produz poderosa anestesia local ou geral, desliga temporariamente a consciência do mundo externo e do corpo, elevando-a a dimensões superiores/interiores; afasta energias negativas; diminui a atividade da glândula tireóide e o ritmo respiratório; provoca a projeção (viagem) astral; promove grandes transformações em todos os níveis do ser. Ao nível emocional é bom para medo, frustração, perversão e obsessão.

E o violeta acalma, cauteriza, é um antibiótico; cauteriza infecções sérias, inflamações, tumores e rupturas; paralisa infecções; bactericida (limpa feridas internas e externas); age sobre os vícios; diminui os batimentos cardíacos, desperta intuições e inspira (útil para artistas); aumenta o poder da meditação; elimina toxinas da corrente sanguínea e tem uma ação germinativa sobre os cabelos. Ao nível emocional elimina o ódio, a irritabilidade, a cólera; acalma todas as emoções violentas, diminui a angústia e o medo, sendo bom para nervosismo, ciúme, temperamentos "a flor da pele", excitabilidade, tensão, insônia e estresse. O violeta não tem contra-indicações.

Além do uso das luzes coloridas, muito importante é reprogramar positivamente a mente do paciente para a cura, observando as frases, as crenças, os pensamentos negativos que ele sem perceber manifesta no decorrer da entrevista inicial e das consultas, pois como já diziam os antigos, "mente sã em corpo são."

Professor Antônio Vieira
(Publicada na Revista "Intrigante " em Novembro/2001 e nos jornais Prana, Ganesha e Essência Vital em 2000)

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